Quando o assunto é adoção, logo imaginamos bebês e crianças pequenas esperando a oportunidade de ter uma nova família. Isso, de fato, acontece. Mas, há também muitas crianças e adolescentes com mais idade que têm o mesmo sonho e que, em razão de serem um pouco maiores, nem sempre conseguem realizá-lo.
Para despertar o interesse pelo tema, adolescentes acolhidos na Vara da Infância e da Juventude, Protetiva e Cível da Comarca de Guarulhos produziram vídeo para divulgar a adoção tardia, modalidade que envolve adolescentes e crianças que tenham idade superior a seis ou sete anos.
Pesquisas realizadas dão conta de que o perfil mais procurado pelos pretendentes é o de meninas brancas recém-nascidas – que tenham até seis meses de vida. Por conta dessa exigência, a fila para adoção de criança com essas características pode chegar a dez anos. Já para aqueles que não impõem restrições quanto à idade ou sexo, não há fila de espera.
Para o juiz Iberê de Castro Dias, da Vara da Infância e da Juventude, Protetiva e Cível da Comarca de Guarulhos, o vídeo não tem pretensão de convencer a adotar, mas conscientizar sobre a existência de menores nessa situação. “O vídeo busca despertar, em quem já tenha o desejo de ser pai ou mãe, a possibilidade de adotar adolescentes e crianças com mais idade. A tarefa de adoção tardia não é simples, mas é extremamente recompensadora”.
Para adotar, o interessado – maior de 18 anos, solteiro ou casado – deve procurar a Vara da Infância e da Juventude mais próxima para se habilitar. Atualmente, há mais de 5.000 crianças e adolescentes aguardando adoção em todo o Brasil.
Assista ao vídeo.