PARCERIA ENTRE JUDICIÁRIO E POLÍCIA MILITAR GARANTE EFETIVIDADE NO CUMPRIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS

JUSTIÇA REALIZA AUDIÊNCIA DO CASO DE JUÍZA ATACADA NO BUTANTÃ
23 de setembro de 2016
JUIZ ACEITA DENÚNCIA CONTRA TORCEDORES QUE INVADIRAM CT DO SÃO PAULO F.C.
27 de setembro de 2016

No contexto das comemorações dos 10 anos da Lei Maria da Penha, a Comarca de Iguape tem um motivo a mais para se orgulhar: uma parceria do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) local com a Polícia Militar para ajudar na redução da violência por meio da implementação da Patrulha Contra a Violência Doméstica – projeto importante de monitoramento e fiscalização das decisões judiciais relacionadas às medidas protetivas concedidas com base na lei nº 11.340/2016.

A iniciativa da Polícia Militar é uma ação ostensiva preventiva que faz constantes visitas às vítimas e aos núcleos familiares sob proteção de medida concedida pelo Judiciário. Além das visitas às famílias, dois policiais – um homem e uma mulher – também alertam o agressor sobre o acompanhamento, os riscos e penalidades a que estará sujeito caso descumpra o estabelecido na medida protetiva de urgência. A ideia é unir a força física masculina e a facilidade de aproximação das mulheres. Iguape é a segunda cidade do interior paulista a receber o serviço, que foi iniciado no município de Registro, sede da 21ª Circunscrição Judiciária.

Após o contato com a vítima, a Patrulha Contra a Violência Doméstica encaminha-a ao Cejusc local, onde é formulada uma reclamação que, com o comparecimento do agressor à audiência (também acompanhada pelos policiais, inclusive para resguardar a segurança da vítima), pode resultar na celebração de acordo que solucione os assuntos pendentes após a separação do casal.  O mais interessante é a forma como a questão é direcionada, abrangendo também as questões cíveis que envolvem o casal, como dissolução de união estável, reconhecimento de paternidade, ação de guarda e pensão alimentícia.

Para o juiz da 1ª Vara de Iguape e coordenador do Cejusc, Guilherme Henrique dos Santos Martins, a partir do momento em que há consonância dessas vítimas no Centro, a questão da violência doméstica recebe tratamento integral por parte do Poder Judiciário. “Dessa forma conseguimos equacionar todas as questões no âmbito cível (especialmente a área da família) relacionada ao casal, como reconhecimento e dissolução de união estável, divórcio, alimentos e guarda, entre outros. É uma parceria muito importante”, concluiu.