OAB solicita ingresso como amicus curiae para debater execução autônoma de honorários advocatícios

FIDA realiza última reunião de 2019 com aprovação de projetos em defesa da advocacia
11 de dezembro de 2019
Presidente da OAB cumpre agenda institucional em defesa da advocacia
12 de dezembro de 2019

A OAB Nacional solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o ingresso como amicus curiae em uma ação que discute matéria relativa à execução autônoma de honorários advocatícios contratuais. Na petição encaminhada à ministra Assusete Magalhães, relatora dos Embargos de Divergência em Recurso Especial (EREsp 1.724.222), a OAB sustenta que a matéria em debate é tema de relevância pública e de interesse da advocacia.

A OAB reitera ainda posição histórica em defesa da natureza alimentar dos honorários advocatícios e da sua satisfação como verba autônoma e individualizada, dissociada do crédito principal e, por isso, passível de execução por regime distinto de pagamento. Na petição, a OAB reforça os argumentos pelo provimento do recurso no sentido de reconhecer a autonomia da verba honorária contratual, que pode ser executada via Requisição de Pequeno Valor (RPV) nas condenações contra a Fazenda Pública, respeitado o teto legal.

No entendimento da OAB, os honorários advocatícios não são meras benesses ou concessões voluntariosas e sua percepção configura direito subjetivo de fundamento jurídico-constitucional titularizado por todo profissional que exerce a advocacia. Por fim, a entidade defende que seja aplicada a Súmula Vinculante nº 47 aos honorários contratuais, e não apenas aos sucumbenciais, para garantir sua natureza alimentar e possibilitar o fracionamento da execução contra a Fazenda Pública mediante a expedição autônoma de precatório/RPV relativo às verbas dos advogados.