Brasília – O Conselho Federal da OAB lamenta profundamente a morte da advogada Angelina Silva Guerreiro Rodrigues, de 42 anos, inscrita na Seccional do Paraná, vítima de mais um caso de feminicídio no país.
Segundo informações preliminares, já publicadas na imprensa, Angelina Silva teria sido assassinada a facadas pelo marido após uma discussão, no apartamento onde eles moravam, em Curitiba-PR. O corpo da advogada foi encontrado em casa na manhã desta segunda-feira (22) e o suspeito de cometer o crime teria fugido com o carro do filho, não sendo localizado.
O presidente em exercício da OAB Nacional, Luiz Viana, recebeu com pesar a informação do assassinato da advogada. “A advocacia brasileira não pode aceitar como algo natural os seguidos casos de feminicídio em nosso país. A OAB tem como uma de suas bandeiras centrais o combate à violência de gênero, o combate à violência contra as mulheres e vai permanecer na luta por uma sociedade com mais civilidade. O Conselho Pleno inclusive já aprovou uma súmula para impedir a inscrição nos quadros da OAB de agressores de mulheres”, lamentou Luiz Viana.
É com muito pesar também que a Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA) recebe a notícia da morte violenta de uma mulher no Brasil. Este novo caso demonstra que, infelizmente, a violência contra as mulheres ainda é algo corriqueiro no país, atingindo milhões de brasileiras, de todos os estratos sociais, cotidianamente. A CNMA espera a apuração rigorosa dos fatos e uma resposta exemplar da Justiça contra mais um crime covarde.
A OAB-PR, por meio da Comissão de Estudos de Violência de Gênero (CEVIGE) e da Comissão da Mulher Advogada (CMA), defende intransigentemente o enfrentamento a todas as formas de violência, com ênfase na violência de gênero pelas suas características nefastas no cotidiano das mulheres, e repudia mais este episódio trágico e abominável.
A diretoria da seccional designou as presidentes das duas comissões, respectivamente as advogadas Helena de Souza Rocha e Mariana Lopes da Silva Bonfim, para acompanhar as investigações. O caso também é acompanhado pela Diretoria de Prerrogativas e pela Comissão de Defesa das Prerrogativas da seccional.